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Lula e os amigos do povo

por Jorge Santos, em 05.05.22

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  Nada surpreendentes as palavras de Lula da Silva à Time, no que concerne à invasão da Ucrânia. É mais um para juntar ao "ramalhete" já nosso bem conhecido dos putinistas. Ainda faltam alguns, mas este estava a tardar. Já se alinhou. Pronto!

  Que não gosta dos Estados Unidos, toda a gente sabe. Por consequência, também da NATO.  Pela União Europeia, nunca morreu de amores. Prefere acompanhar os países fascistas ( alguns dizem que são comunistas),  os que censuram as liberdades essenciais, que prendem pessoas em campos de concentração por pensarem diferente. Afinal, não está tão longe da ideologia do seu adversário Bolsonaro, também este Putinista assumido. Fantástica união de extremos! Pobre povo brasileiro se tiver só estas duas opções de voto.

 Os comunistas lutaram contra o fascismo, é verdade, ninguém o pode negar. E fizeram-no com violência, armas na mão, guerrilha, sabotagem. Com danos laterais para muita gente inocente. Defenderam, teoricamente, as liberdades. Mas, ao fim e ao cabo, são incapazes, os seus apoios demonstram-no bem,  de viver em sociedades livres e democráticas. Aquela ideia peregrina da ditadura do proletariado ( uma tragédia para qualquer povo que tenha a infelicidade de a sentir na pele) não lhes sai da alma, do coração e da cabeça . E provoca cegueira, sectarismo, incapacidade de ver à volta. Discernimento político.

 "Uma guerra tem dois lados e ambos são responsáveis", disse Lula à Time; tem, de facto, dois lados. Mas nem sempre dois culpados. A 2ª Guerra Mundial só teve um culpado: Adolf Hitler. E este conflito, na Ucrânia, não é guerra. Ninguém a declarou! O que é , então? Uma invasão sangrenta de Putin! Uma manobra colonialista, expansionista de um fascista em estado puro. Como podia um antigo activista do KGB ser capaz de promover paz,  liberdade e democracia.

 Negociar com Putin, quem lê a entrevista do candidato às eleições brasileiras, parece algo simples e fácil. Não faltaram tentativas. Mas todos sabemos que é quase impossível manter o diálogo com um extremista autocrático e egocêntrico. E se sofrer de loucura, mais complicado se torna. Todos os que tentaram , falharam. Todos os que continuam a tentar, nada conseguem.

  Mas Lula acha que Zelensky devia dialogar mais e aceitar as propostas de Putin. Assim, seria fácil. Zelensky entregava o seu povo e o seu teritório ao ditador russo e pronto, a guerra não existia. Felizmente  o presidente ucraniano não é um cobarde medroso como são os ditadores. E defende o seu país e os cidadãos! Defende-se, é importante frisar, pois não declarou guerra à Rússia, nem anda neste país a ocupar territórios, matar e violar.  Há diferenças! E muito grandes. Mas que o sectário Lula, aliado dos ditadores, não consegue enxergar.

  Estes demagogos extremistas entendem que Putin pode invadir um país soberano. O que não aceitam é que o povo ucraniano se defenda. Mandam-no ceder a todos os caprichos da potência agressora.

 Falta a imprescindível palavra de apoio por parte de  Maduro, Miguel Diaz-Canal, Kim Jong, das ditaduras latino-americanas e  africanas. A Síria e o Egipto já deram a benção. A China, dita comunista, será "nin" enquanto lhe convier. É com estes "democratas populares" que se juntam os do PCP e Lula da Silva.

 " Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és..."

  

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publicado às 20:14

A Longa Mesa da Discórdia

por Jorge Santos, em 26.04.22

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  Talvez estejam certos os defendem ser demasiado tardia a visita de Guterres a Putin. Porém,  parar uma guerra, nunca é tarde. Procurar a abertura dos canais do diálogo é sempre oportuna. O presidente da ONU nunca terá acreditado na ousadia maléfica do ditador russo. Imediatamente antes da invasão, vários foram os políticos que tentaram travar Putin. Sem resultados. Lembrei-me, nessa fase, do "acordo" assinado em Munique entre Chamberlain e Hitler, que de nada valeu, pois os ditadores, além de obstinados, são mentirosos. E o assassino alemão não honrou a assinatura.

  Putin já tinha formatado no seu cérebro perturbado o que pretendia fazer. As negociações eram mero disfarce, uma forma de entreter os ocidentais . Se quisesse evitar a invasão e discutir até à exaustão um acordo com o presidente ucraniano, tinha-o feito. Mas o que Putin queria era isto mesmo que está a acontecer. Invadir a Ucrânia, de modo a que a NATO continue longe do seu "Império".

 A iniciativa de António Guterres,  no início do conflito ou agora, teria o mesmo desfecho. Porque Putin não quer negociar. Já roubou a Crimeia,  o Donbass,  a Transnístria ( à Moldávia). E quer toda a região que actualmente ocupa. Só falta Odessa. E fecha o mar à Ucrânia, abrindo um corredor rumo ao ocidente. Negociar o quê? Um fascista  pára de cometer crimes quando é abatido,  afastado do poder ou preso. Ou suicidando-se, claro.

  Só o exército russo pode  pôr termo à guerra, retirando Putin do poder,  à força. O que é pouco provável.

  Olhar para a foto acima demonstra o desvio mental do sujeito. Faz sentido receber o presidente da ONU, tal como recebeu Macron, com seis metros de distância, na célebre mesa do Kremlin? Só um paranóico, cobarde, com medo da própria sombra, como são todos os ditadores.

  Para perceber Putin, é suficiente olhar a imagem. A distância entre o mundo ocidental, democrático e pacífico fica a uma distância extraordinária do fascismo e das forças bélicas e expansionistas. É exponencialmente proporcional ao tamanho da mesa. 

  Os políticos radicais, como Putin, não querem, nem sabem dialogar. Apenas oprimir. Obrigar. Mandar.

  O diálogo é um privilégio das democracias. 

( Créditos fotografia: EPA/Valdimir Astapkovich/Kremlin pool/ Sputnik )

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publicado às 21:07

Guerra: nunca é o povo quem decide

por Jorge Santos, em 18.04.22

  Acreditei na maioria do povo anónimo alemão quando, no final da Segunda Guerra Mundial, afirmou desconhecer, em pormenor, o que se passava nos Campos de Concentração, tal como noutras atrocidades que os nazis cometeram. O nazismo foi uma ideologia assassina e uma parte substancial dos alemães, mesmo os  que apoiavam Hitler, não  era por questões ideológicas, mas na esperança de que alguém - um salvador da pátria - os livrasse da crise em que estavam atolados. Os que professavam a ideologia execrável estavam bem identificados. A censura férrea e a propaganda assertiva, transformava os alemães comuns em ignorantes. 

  Agora, também acredito que grande parte do povo russo não saiba, com exactidão, os crimes praticados pelos oficiais e soldados de Putin  na Ucrânia. Com excepção para as mães dos militares que vão tombando nas batalhas. E mesmo destas, tenho algumas reservas. A propaganda pode muito. Tem muita força.

  A forma como Putin cercou os orgãos de comunicação social, a INTERNET e as penas de prisão para quem tenha o atrevimento, ou ousadia, de contar a versão ocidental, torna muito fácil o controlo sobre as pessoas. E a disseminação da "verdade russa" entra pelos meandros sociais. Intoxica tudo e todos.

  Como humanista, se achasse, desde logo, que o povo comum russo sabe de tudo e aceita passivamente, deixava, em definitivo, de confiar nas pessoas. E eu não quero. Se, um dia, for provado o contrário, cá estarei  para repudiar gente  tão assassina como o seu líder. Nós, o povo, queremos sempre a  paz; mas, infelizmente, somos os "servos" de quem decide. E infelizes dos que servem os decisores das guerras.

 

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publicado às 21:04


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