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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Acreditar, diz ele. Em quê? Num Portugal com menos desemprego, melhores salários, pensões, em que os mais débeis tenham as mesmas oportunidades? Com menos ministros, secretários, assessores, fim das reformas vitalícias de políticos? Com uma luta séria, e a sério, para baixar a corrupção? Regularizar e melhorar o funcionamento do SNS, dar mais velocidade aos processos que se arrastam pelos tribunais? Acabar com as taxas e impostos que não são isso, mas sim caça níqueis furtivos?
Ou a palavra, forte sem dúvida, é mais um isco eleitoral? Para tudo ficar na mesma, como tem acontecido ao londo dos anos. Todos os partidos tem-nos dito para acreditarmos. Ao longo de décadas. E ao que chegámos?
Um democrata vai sempre votar, mesmo que não tenha quaqluer empatia com as forças partidárias. As caras, em grandes dimensões aparecem a pedir para acreditarmos. Mas o que devia estar nestas dimensões eram os projectos para um mandato de quatro anos. Isso sim, podia fazer.nos acreditar. E exigir! Projectos, Dr. Montenegro! Porque caras há muitas....
Mais uma palavra ao vento. Quem não conhece o presidente do PSD, como eu, sabe lá se deve ou não acreditar o homem. Nos projectos do partido, isso sim; nesses, poderíamos acreditar.
Desta forma, é mais uma palavra ao vento. Olhamos e ficamos a saber o mesmo. Acreditamos em quê, Dr. Luis Montenegro?
Hoje nasceu um partido novo! Parece...
Novos cidadãos, gente que nunca andou nos negócios ( literalmente!) da política, juntaram-se para salvar Portugal. Parece...
A politica espectáculo que a América criou, espalhou-se pelo mundo. Se é bom ou mau, não sei dizer. Só sei que não gosto. O que sabemos todos é que Portugal continua no fosso, à medida que foram passando partidos pelo poder. E, de quatro em quatro anos, a pátria lusa enche-se de promessas. E os portugueses de esperança. Depois...catrapuz, a desilusão.
Quem acompanhou o congresso do PSD apercebeu-se, com certeza, da injecção de optimismo. Luís Montenegro, a modos que montado num cavalo branco, com uma bandeira às costas, gritava: agora chegam os bons, os que vão dar cabo dos incompetentes e mudar a vida, para melhor, aos portugueses.
Pois, Luís Montenegro, isso era muito bom. Mas parece que as figuras escolhidas pelo líder nunca estiveram no Parlamento, nunca foram membros do governo, nunca foram ministros. São todos "virgens" nesta coisa!
E que dificuldade têm todos em dizer que são social-democratas! Lá vão assumindo, mas a medo. Compreensivelmente, porque na realidade não o são. Lá no fundo, bem no fundo, talvez entendam que é a melhor solução; mas os seus negócios, os dos seus amigos e as empresas multinacionais exigem-lhe o ultraliberalismo. Um dos novos elementos da direcção do partido até afirmou que o PSD é o partido das pessoas. Agora, sim! Vamos ter um partido que pensa nos cidadãos.
Mas então, nas várias vezes que passaram pelo governo, até com maiorias absolutas, por que não transformaram Portugal num país próspero, com políticas parecidas às da social democracia nórdica? Por que insistiram mas medidas que massacraram sempre os mais necessitados? E os fundos que vieram "da Europa" e que foram parar aos bolsos deste e daquele? E o pagamento especial por conta, que tanto prejudicou pequenos empresários? E o famigerado gasóleo agricola? A cultura do girassol? E alguns destes "novos" políticos, já por lá andavam a lançar palpites.
O meu comentário não tem a ver com o partido em si. Se fosse o PS ou o CDS ou outro qualquer que já tivesse sido governo, dizia o mesmo. Sou social-democrata sem partido, portanto estou à vontade para tecer as mignhas críticas.
Para concluir, entremos na "reciclagem partidária". Pode ser que a ideologia, finalmente, coincida com o nome dos partidos. E aquelas mulheres e homens, deixem de lado as reformas vitalícias que lhes foram atribuída aos 40 anos. E tenham percebido que o amiguismo criou uma teia de corrupção que nos aperta até ao pescoço. E ninguém a quis, até hoje, desapertar.
Para quem acredita no discurso partidário, foi, seguramente, um dia feliz.
Os que têm memória, como eu...parece mais do mesmo. Aguardo pela propostas alternativas às do governo.
Felizes os que acham , agora sim, chegou a competência. E os bons. Os que nunca se enganam e raramente têm dúvidas.
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