Alojamento: SAPO Blogs
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Hoje é um dos dias mais importantes para o povo português. Concordando ou discordado, é uma data que não deixa ninguém indiferente.
Foi um dia feliz para mim. Por muitas e variadas razões, não importa . O que me surpreende é ler textos, cujos autores, referindo-se a Abril, perguntam, "festejar o quê?"
Se, quem escreve, pertencia à elite do Estado Novo ( políticos, juízes, polícias, guardas, pides, "bufos", empresários comprometidos, ideólogos do fascismo, etc.), entendo na perfeição. Aos que vivam nas ex-colónias, também percebo, se for o desabafo do trauma que qualquer pessoa sofre quando se vê no meio de uma guerra e tem de abandonar a sua casa.
Todos os outros, não compreendo. Preferirão as pessoas viver em ditadura? Com censura, presos políticos, polícia política, sem direitos sociais e liberdades básicas restringidas? Se não querem, parece. Mas, provavelmente, preferem.
Para mim, o simples facto de poder estar aqui a expor o que penso, já é motivo para festejar. Sim, porque em 24 de Abril, no Liceu, os estudantes progressistas ( onde me inseria) lutavam para que a Associação de Estudantes fosse eleita livremente por todos os aluno. E não nomeada pelo Reitor, para a manipular a seu bel-prazer. O que nos colocava debaixo de olho dos poderes opressores. Ser livre é motivo para festejar. Principalmente numa época em que a liberdade é posta em causa todos os dias por forças populistas de esquerda e direita.
A democracia tem custos e não é fácil preservá-la. É frágil e foi criando inimigos devido à quantidade de políticos que a usam em proveito próprio e que urge erradicar.
Mas, até hoje, não há melhor para quem sente a liberdade tão importante como o ar para respirar.
Viva o 25 de Abril!
( Crédito das fotos: Alfredo Cunha, um dos mais icónicos fotojornalistas que acompanharam essa madrugada determinante para o fim da ditadura)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.