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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Liberdade implica responsabilidade, não só na impresa, mas em tudo . E é essa comunhão que define os países democráticos e as sociedade livres. Actualmente, para o povo europeu, vivem-se dias difíceis também a este nível. Quando um país colonialista invade outro, a mordaça aos jornalistas passa a ser tão importante como as armas que cospem fogo. E as notícias surgem, neste caso no país invasor, falsas; visam, apenas, manipular os cidadãos. O povo acaba por não perceber com clareza o que se passa à sua volta. Os mais informados, desconfiam. Os outros, acreditam na palavra do ditador. Todas as notícias são a palavra do ditador. E nenhum deles fala verdade. Nenhum é corajoso. Se promovem a guerra, não são mentalmente saudáveis.
Além da guerra, caso muito particular de censura noticiosa, há os totalitarismos. E são demasiados os países a viver este flagelo: quase todos de África, muitos do Médio Oriente, os árabes, parte da América Latina e as mais conhecidas, China, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Bielorrússia e Rússia.
"O medo de ouvir a verdade", como referiu o Chefe da Diplomacia Europeia, Josep Borrell referindo-se à Russia, mas que é comum a todos os que fazem da opressão o seu modo de vida. Infelizmente, há nações que teimam em votar em políticos ideológicamente ambíguos. E não é preciso ir para a Índia, Hungria e Polónia. Basta dar dois passos aqui ao lado, a França com o seu fenómeno Le Pen.
Só sentimos a nessidade social que uma imprensa livre faz quando não a temos. Há , contudo, quem continue a arriscar. Um dia pode ser tarde. E voltar atrás é de uma dificuldade extrema.
Mas se nas sociedade antidemocráticas a censura à imprensa é sobejamente conhecida, muito preocupante parecem-me ser as democracias ocidentais onde o ultra-liberalismo impera. De forma subtil, o travão à liberdade existe. A partir do momento em que os orgão de comunicação social pertencem a grupos económicos muito poderosos, alguns multinacionais, duvido da plena liberdade. Para quem tem a ganância financeira como objectivo ( e têm-na os extraordinariamente ricos), pouco importa liberdade, imprensa, valores, pessoas. Tudo lhes serve como degrau para a ascensão financeira.
Nestes casos, o jornalista tem uma tarefa muito complexa para fintar o "lápis azul". O que torna difícil a sua profissão. Vive em liberdade, mas condicional... Lamento que assim seja.
O que se pede ao profissional da comunicação social é a honra ao seu código deontológico e use o bom-senso no momento de informar.
Se o jornalismo não for livre, não existe. Cabe , também, ao profissional lutar contra as amarras. O jornalismo livre ajuda a criar poder de crítica nos cidadãos. E são estes, bem formados, que exigem uma informação sem censura.
Viva o jornalismo livre!
( crédito da foto: Click Guarulhos)
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