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Guerra das palavras

por Jorge Santos, em 01.06.22

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  Já não os consigo ouvir, os teóricos do conflito na Ucrânia. Falam da guerra em directo com discursos moles, técnicos, geoestratégicos, pouco inovadores, plenos de desesperança e, quantas vezes, tendenciosos.

  E por lá, o povo resiste, sofre e morre. As cidades ficam reduzidas a escombros.

  Chegam os teóricos às TV´s e comentam "aquilo" como se fosse um jogo de futebol em que um está a jogar melhor do que o outro. Uma conversa desumanizada, cruel, leviana. Parecem esquecer que quem inicia  a puta da guerra são homens sem escrúpulos, de racionalidade duvidosa e sempre longe dela; e quem sofre, não a começou, não a quer.

 O imperialismo, expansionismo, megalomania unipessoal, hostilidade à democracia e às liberdade, medo da autodeterminação sempre foram prejudiciais ao mundo. Às pessoas.

 Nós, cidadãos democratas e que entendemos o mundo como um lugar plural e comum, respeitando as nacionalidades, queremos lá saber da geoestratégia! Queremos lá saber da NATO ou do defunto, mas que alguém quer ressuscitar, Pacto de Varsóvia, dos caprichos do Putin e da América, de Israel, da China, dos negociantes de armas,  dos traficantes de ódio, dos advogados do diabo. Interessam-nos sim, todos os povos e que possamos viver tranquilamente no país que escolhermos. E esses crápulas, assassinos e gananciosos, não deixam. Não querem o mundo em Paz! Quem faz a guerra, mesmo perdendo, ganha com ela.

  Esta invasão da Ucrânia, como outras levadas a cabo pela Rússia e pelos Estados Unidos, é inexplicável! Podem ir buscar todos os livros de história,  as teorias verdadeiras, imaginadas ou por imaginar. Podem reescrever essa história, cada um do modo que lhe convier. Jamais explicarão esta atrocidade. Passa-nos à frente dos olhos todos os dias. De manhã à noite.

  Esta invasão atropela tudo o que é lei e bom senso. Obra de bandidos, de assassinos. Gente com atrofia mental - como Hitler - que mata civis, tenta retirar referências a um país com o surreal e mórbido fundamento de que o quer desnazificar.

  Não sei como se pára esta carnificina. Nunca devia ter começado, isso sim. E agora?

  Como sempre, os principais prejudicados são os "servos". Os que sustentam e apoiam os milionários e poderosos dominadores da política mundial. Os chefes que transformam os seus Estados em máquinas de matar. 

Parafraseando José Milhazes quando traduziu o que diziam os jovens num concerto na Rússia, eu também quero "que a guerra vá para o caralho". Mas acrescento, que vão consigo todos os ditadores, populistas, autocratas e expansionanistas que estiverem no caminho.

 E os donos da China já vão afiando os dentes para dar uma mordidela na Formosa. 

 Viva o Povo, a única vítima das guerras!

 

( Créditos foto: "Expresso")

 

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publicado às 20:15


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