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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Não, não foram flores! Pedras, sim senhor! O Bloco de Esquerda revoltou-se com Centeno e, sem papas na língua, criticou de forma muito mais incisiva do que os comunistas, as cativações do super-Mário ( Centeno), ministro de cá e de lá, quase um novo "dono disto tudo". E fizeram eles, os bloquistas, muito bem. Até porque o que trouxe à liça a irresponsabilidade ( de quem??) do governo foi o caso, gravíssimo, das criaças com cancro, tratadas nos corredores do Hospital de S.João, no Porto. Podia ser mentira. Uma tramóia qualquer da oposição...Quem dera que fosse! Mas o administrador daquela unidade hospitar confirmou com as palavras todas. E o Bastonário da Ordem dos Médicos também teceu fortes críticas ao Ministro da Saúde, em função dum problema que, para nós, seres normais, que vivemos neste planeta e pagamos doses magistrais de impostos, consideramos inadmissível.Mas esses somos nós, os que vivemos, realmente, nesta terra.
Centeno respondeu, com aquele ar resmungão que usa quando o sorriso permanente que lhe enfeita a boca, fica afectado com questoes delicadas. Como esta e outras recentes. Sacudiu a água do capote. Mas estávamos à espera de quê? Milagres? Ninguém ser responsável pelo que corre mal já é um chavão político do governo. As culpas vão de mão em mão até serem atiradas fora.
Mas quem é o responsável por esta idignidade que acontece no Hospital de S.João. Indignidade não só em relação às crianças gravemente doentes, mas também aos seus pais, médicos e pessoal de enfermagem. Um caso que exige resolução imediata. É para este tipo de situações que sentimos necessidade de pagar impostos. Certamente que, sabendo que as nossas contribuições são para fortalecer as instituições públicas - estamos a contribuir para o bem-estar de todos nós - ninguém, de bom carácter, o negará. Mas o nosso dinheiro vai para a privados, RTP, salvar bancos...no fundo, para suprir os desmandos dessas figuras galardoadas e que se intitulam de gestores públicos. Um pesadelo para todos nós, isto é que são.
Mas voltemos às pedras do BE. Fizeram bem, dizia eu. Já estava a estranhar! Primeiro, não percebo muito bem como é que um partido marxista, anti-capitalista, anti-Europa, anti-globalização ( pelo menos os meus amigos do BE, e tenho vários, orientam-se politicamente assim), apoiam de forma tão intensa um governo economicamente liberal ( isso de ser socialista é uma treta para enganar fanáticos!). E com as polémicas abertas, o governo revela-se e as pedras vão cair sem dó nem piedade. E quando forem os comunistas a atirar também, veremos como isto acaba.
Mas a desoganização é tão grande que, pelos vistos, há dinheiro, não há é vontade de disponibilizar espaço para a ala pediátrica avançar, vejam bem! Andam a brincar connosco! A fazer fé nas palavras de Pedro Arroja, responsável por esse sector que vai funcionando em contentores, a situação pode resolver-se se a administração do Hospital ceder o espaço acordado.
Mas o BE não está a dormir. E se, desta vez, bater o pé e não ceder às retenções ao investimento público, o governo de Costa vai passar por maus momentos. Se a geringonça avaria, as peças vão rolar para todos os lados. Mas, infelizmente, não temos alternativas à altura. Basta ouvir Cristas e Rio para vermos a nossa vida a andar para trás. Nós, os que vivemos cá. Porque os políticos estão noutra dimensão. Num planeta qualquer de que não sei o nome.
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