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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Os futebolistas e treinadores, profissionais, note-se, têm o mau hábito de beijar o emblema, jurar amor ao clube, estão a cumprir o sonho de uma vida, não se importavam de permanecer por ali a carreira toda. Vão até ao mobiliário, quando consideram estar "na cadeira de sonho". São algumas das barbaridades que embelezam os seus discursos, cada vez mais raros para poderem explicar-se melhor.
Depois, esquecem o poder das redes sociais e espalham-se ao comprido. E algo muito importante: são profissionais!
O que esperar de um profissional numa equipa de futebol? Isso mesmo, profissionalismo. Entrega ao jogo, respeito ao clube e seus adeptos e não regatear esforços para ajudar o emblema. Não precisam de beijá-lo. Basta respeitá-lo. E no fim, uma saudação generosa aos adeptos é o suficiente para criar empatia.
Compreendem-se os excessos " de amor". A determinação e concentração no jogo, quando há dificuldades e o objectivo é conseguido, as manifestações de júbilo são espontâneas e compreensivas.
Já não se compreende quando, numa estrevista de vida, com calma e tranquilidade, fazem essas tais juras estúpidas.
Passado um ano, dois, ou menos, estão a apaixonar-se pelo emblema vizinho. A razão? Mais euros, libras ou dólares. Como profissionais têm de procurar as melhores condições salariais, com certeza. Mas deviam ser instruídos pelos gabinetes de comunicação ( hoje têm uma força excessiva, quase doentia) a não afirmarem tanta paixão, tanto amor, tanta vontade de assinarem um contrato de 10 anos...
Muitos têm de viver, depois, com o reverso da situação. Alguns até tatuagens são obrigados a apagar, para a vergonha não ser tão grande.
Por exemplo, um treinador chegou a um clube e teve a lata de afirmar: "estou na minha cadeira de sonho". Induziria uma longa ligação al clube. Qual quê? Saiu, tardiamente, atrás do dinheiro, muito dinheiro com que lhe acenaram. E a cadeira foi para a despensa.
Agora, este "mister" recebe o troco. " Deixou a cadeira de sonho para ir atrás das libras!" E a credibilidade máxima que poderia ter no clube, perdeu grande parte no caminho atrás das libras. E se for candidato a presidente, poderá vencer, mas nunca com uma larga maioria.
Assumir o profissionalismo é o maior crédito que um futebolista ou treinador pode ter num clube.
Amor eterno é treta. No futebol e no resto.
Alguns espanhóis assobiaram o hino português no último jogo entre as duas seleções. Se o mítico Cristiano Ronaldo já tem os ouvidos vacinados contra vaias, o hino e a bandeira não justificam tal tratamento. E, com certeza, a esmagadora maioria do povo de Espanha ( 99,99999...%) pensará o mesmo.
É fundamental saber que tipo de modalidade desportiva recebeu gente tão mal formada. Futebol, meus caros, futebol....
Como entusiasta, lamento profundamente o que aconteceu. Já assisti a inúmeros jogos entre as duas seleções, nas mais diversas modalidades. Alguma tensão no hóquei em patins em tempos idos, mas nunca manifestações tão hostis à bandeira e ao hino.
Que se assobiem jogadores, treinadores, que haja troca de "mimos" entre adeptos, faz parte, desde sempre, e é suportável desde que finde quando o jogo termina.
Vaiar hinos e bandeiras só para gente com debilidade mental, nacionalistas radicais e xenófobos. Tal como desrespeitar o "minuto de silêncio". Nada tem a ver como jogo, mas com o ódio ao país em causa. E é no futebol que se vê com mais frequência.
Não vale a pena alertar, realertar, ensinar bons modos e boa educação, respeito pelos países dos outros ou respeito por eles próprios. Pessoas destas envergonham o país a que pertencem e estão a mais num espectáculo desportivo. São como ervas daninhas.
Quem não sabe ser adepto, ou não quer, não pode sê-lo. As tutelas do futebol precisam tirar do espectáculo estes escroques. Perigosos, por sinal. Porque se a moda pega, é mais um gesto inadmissível entre tantos que já vão ensombrando os jogos da bola.
Sem esta gente execrável, um jogo de futebol fica muito mais bonito!
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