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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
( foto RTP)
Qualquer governo sabe que as oposições políticas são, quase sempre, pouco construtivas, inconsequentes e algo manipuladoras. Infelizmente, assim funcionam os partidos políticos, pouco preocupados com o essencial e muito interessados em conquistar o poder pelo poder. Se assim não fosse, Portugal poderia ser um país muito melhor para os seus cidadãos... mas isso fica para outro dia...
Chamuscado pela oposição e pelas chamas trágicas do passado verão e outono que ceifaram a vida a centenas de pessoas, o governo não foi de modas e avançou para o terreno. Porque o exemplo deve "vir de cima", com certeza - pena que quase nunca assim seja - e foi ajudar a limpar as matas.
Junto aos militares, o Primeiro Ministro e outros elementos do seu governo mostraram como se faz. E diz António Costa que não quer abrir uma caça a multas a quem não cumprir o que está regulamentado. Também concordo, mas não acredito que o faça. Basta ver como é feito o hipócrita controlo ao excesso de velocidade para perceber com que linhas se cose o governo. A importância de sacar dinheiro aos cidadãos é vício público e necessidade para manter um aparelho estatal pesadíssimo.
Mas voltemos às matas e à sua limpeza. Assim que Marcelo Rebelo de Sousa - também ele deu o corpo ao manifesto- consideu a limpeza das matas como "Causa Nacional", ouviram-se de imediato as vozes da oposição. E o que podem estes afirmar? Falam de paliativos, empurrar responsabilidades, propaganda, e outras palavras de circunstância partidária.
É certo, acho que todos nós concordamos, não é só a limpeza que evita o fogo nas matas; mas retirar matéria combustível é forma de evitar incêndios de maiores dimensões e consequências. Fundamental que haja limpezas, que o governo ajude e o Exército - passa os dias nos quartéis a fazer absolutamente nada- dê uma ajuda, nem que seja colaborar pontualmente e fornecer os utensílios indespensáveis a quem não os têm ou pode sequer comprar.
No meu entendimento, vamos continuar a ter fogos florestais, apesar de tudo. Porque o outro factor, o mais nocivo, continua a existir - a entrega do combate e da prevenção a empresas privadas. No tempo do "Deus Dinheiro", é fatal. Como bem diz o Presidente da República - Causa Nacional - deveria ser tomado em conta que, quer a prevenção quer o combate, deveriam ser efectuados por organismos públicos, cujo principal interesse fosse a defesa da Terra, da Vida, dos Cidadãos e dos seus bens. Claro que entre os privados não me refiro a operacionais dos Bombeiros Voluntários, por quem tenho a maior estima.
Com empresas privadas e dinheiro metido na engrenagem, não há quem nos salve. Só o lucro importa. Limpamos nós o combustível, mas eles, se necessário for para os fins em vista, criam outros. E continuam a ganhar muito dinheiro com a tragédia das pessoas e do planeta. Como as guerras! E os incêndios florestais não deixam de ser uma espécie de guerra. Lamentavelmente.
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