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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
O caos está instalado no país. Não há sector que escape. Nos tribunais e em outros serviços, são os funcionários quem leva o papel para as fotocópias e para limpar o..., quer dizer, o papel higiénico. E nós, os pagadores de impostos, assistimos estupefactos à gestão ( será gestão?) das verbas pagas em impostos e taxas.
Claro que entendo a necessidade do pagamento dos impostos. Como não sou anarquista, defendo a necessidade de Estado e governo. Como é óbvio, a maioria pensa como eu. Pelo que temos de pagar impostos para os manter. Agora, no que se paga e quanto se paga, já pode haver discordâncias, mas isso fica para outra prosa. A verdade é que temos de pagar impostos. E devemos exigir, sim exigir!, uma gestão extremamente cuidada destas verbas.
E aí é que bate o ponto. Pelas queixas na medicina, no ensino, nas polícias, em toda a parte, leva-me a pensar que o dinheiro dos impostos é muito mal gerido. Pelo governo. E muito mal fiscalizada a sua gestão por parte dos deputados e do Presidente da República. Com tantas coisas más acumuladas, já era tempo para o povo vir à rua gritar : " queremos uma gestão decente!"
A crise que se estende nos hospitais cheira-me a esturro. Porque quem beneficia com o colapso do SNS são as empresas privadas, administradas por grandes grupos económicos. Quando o privado recebe o dinheiro, pouco lhe importa se é do utente ou do estado. O problema é que o estado recebe dos cidadão para fazer e não faz. As PPP´s são um maná para as grandes empresas privadas.
Nada tenho contra a iniciativa privada! Que exista e seja uma mais valia. Sempre! O que pretendo é um SNS forte, estável, bem apetrechado, com bons profissionais, pagos em conformidade e equidade. E isto não está a acontecer. Os novos liberais ( no que à economia diz respeito) esfregam as mãos. Os seus amigos da administração privada vão ganhar mais, se o serviço público falhar. E isso preocupa-me.
Esta desestabilização e destruição do que é público não beneficia a maioria dos portugueses. Vamos fazer o que nos compete: exigir que os nossos impostos não sejam desbaratados em loucuras megalómanas e sejam canalizados para as empresas públicas essenciais para as pessoas. Como é o SNS.
Com tão boas escolas de economia em Portugal, algumas até premiadas internacionalmente, por que raio temos tão maus gestores públicos? Injustificável.
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