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Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Não foi fácil construir a liberdade política e social; gerações várias perderam a sua para que todos a pudéssemos ter. Isto deve ser respeitado. E todos deverão ter em conta de que a liberdade não é um bem infinito. Pode ser-nos retirada com facilidade. Como seu defensor confesso, não sou apologista que se dêm palmadinhas nas costas a quem a destrói dia após dia.
O governo vê-se obrigado a criar uma equipa especial para controlar a violência juvenil. Acredito nas boas intenções dessa equipa e desejo-lhe sucesso. Aguardo com curiosidade as medidas que irão ser tomadas. Que funcionem. A bem da liberdade individual.
Farsa, para exacerbar estatísticas, tem sido a "solução". Extremamente negativa para os jovens e para a sociedade. Todos desejariam que a nossa juventude fosse obrigada a frequentar a escola até aos 18 anos e saísse bem formada, culta qb, permitindo-lhe entender o mundo à sua volta, respeitando-o.
Mas está mais do que provado o erro de obrigar jovens a irem além da escolaridade básica - a que lhes permite ler, escrever, contar e usar novas tecnologias. De tal modo que as escolas profissionais, não todas, mas alguma parte delas, grande parte, "serve" para construir uma espécie de conglomerado daqueles que abominam estudar. E se aos 15 ou 16 anos, tiveram ou tivessem oportunidade de entar no mercado do trabalho, provavelmente, a criminalidade juvenil decrescia. Quem não se habitua à rotina do trabalho até aos 18 anos, dificilmente a ganha a partir daí. Refiro-me aos jovens que não seguem o ensino superior ou a arte aprendida na escola profissional.
Com a dificuldade de emprego, a perda de valores - como podem os pais transmitir o que não têm já? , criminalidade facilitada na busca do dinheiro fácil, 18 anos de idade e não saber fazer nada, não terem sido incentivados a trabalhar em coisa alguma, só pode terminar em tragédia. Essa gente não é livre - está fortemente condicionada - nem deixa os outros serem - roubam, agridem, intimidam, traficam.
Aos 18 anos, ou um jovem tem um emprego ou estuda ou beneficia de um curto período do subsídio desemprego. Se assim não for, está doente e, sendo assim, deve receber ajudar médica. Andar a roçar o traseiro no ócio, durante o dia, ir para os copos à noite e para a criminalidade ao nascer do dia, isso não. Inadmissível. Um atentado à liberdade dos outros. E à deles, claro.
Pois então, aos 18, não tendo nada para fazer - claro, tem de usar a criminalidade para satisfazer os vícios - os jovens deveriam ser obrigados, sim, obrigados - principalmente para o seu próprio bem - a seguir caminho pela via militar ou via cívica durante dois anos. Sempre com o objectivo de serem orientados numa via profissional. Devidamente pagos pelo seu trabalho, mas com o horário completo. Rigor cívico igual ao rigor militar.
Os mais violentos ou aventureiros, tinham o serviço militar para canalizarem energias. Ou outros, um sem número de ações para a sociedade e para o bem de todos, principalmente dos mais necessitados - idosos e doentes. E à defesa ecológica.
O que não pode manter-se é o "status quo". Não andarmos seguros na rua ou noutra qualquer parte, por causa da criminalidade juvenil, é um atentado ao estado de direito. E devia envergonhar que gere dos destinos sociais de país.
Venha de lá então essa equipa. Que seja eficaz. Para o bem estar de todos e para a preservação da tão deliciosa liberdade.
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