Alojamento: SAPO Blogs
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Emitamos, sem medo, a nossa opinião. Como a imparcialidade é um mito, confessemos as nossas PARCIALIDADES.
Primeiro, foram os enfermeiros a denunciar o caos nas urgências de alguns hospitais públicos. Agora, foi o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, após visita às urgência de Gaia. Parece que estamos num cenário de guerra, tal a desordem de macas amontoadas pelos corredores de todos os pisos, disse o Bastonário. Mas quem sempe criticou as urgências hospitalares foram os utentes, principalmente pelo tempo de espera. E o que foi feito? Nada!
A administração do Centro Hospitalar visado ( Gaia/Espinho) vai apelar, novamente, ao ministro da tutela que, parece, tem "boas surpresas" para esta unidade de saúde. Se as têm, que as "ofereça". Os doentes e os seus familiares não merecem ser tratados como se vivessem em cenário de guerra, não acha, senhor ministro, Dr. Adalberto Campos Fernandes?.
O hospital gaiense não é, porém, o único em tais condições lamentáveis. Nos últimos três anos, por doença grave de familiar, tive de frequentar várias vezes as urgências de diferentes hospitais centrais. E, caros amigos, não havia um melhor do que o outro. Todos péssimos! Nas urgências, nos corredores, falta de camas, obrigando doentes de um serviço a terem de ir para outro e, depois,no dia seguinte, ninguém saber onde o doente se encontrava. Enfim, o que o sr. bastonário encontrou é geral.É o país. O país real que tantos teimam em esconder das mais diversas formas.
No entanto, em todas essas unidades de saude, só tenho de enaltecer o trabalho e empenhamento quer de pessoal médico quer de enfermagem. Autênticos heróis no meio daquele caos. Honra lhes seja feita.
O problema, parece-me, tem a ver com organização e administração, por um lado e verbas orçamentais, por outro. Lamentável que os serviços públicos ( neste caso de saúde), destinados a garantir um direito constitucional, sistematicamente ignorado por quem devia evitar essa situação, os governos ( sim, este, o anterior o anterior, etc.) que só pensam em política-partidária para deterem o poder. Importante é ter o poder! Depois...népias. Quer oposições quer governos, têm valido zero para os cidadadãos mais carenciados.
Quando se fala nos milhões desviados do bancos, dos políticos corruptos, das negociatas de milhões entre políticos e entidades privadas, salários e pensões de políticos e administradores públicos, não há ai nem ui. Mas quando são necessários uns milhares de euros para que os cidadãos tenham uma vida mais digna que respeite a nossa Constituição, é uma desgraça, um drama, uma dificuldade tremenda. Uma dor de cabeça. A seguir, criam-se impostos, taxas e mais taxas, mas os serviços públicos continuam a marcar passo.
Exijamos os nossos direitos! A nação não é de "meia dúzia" de políticos manipuladores, É nossa!
Que nunca nos faltem forças para lutar, até conseguirmos ter competência, empenhamento e seriedade naqueles que gerem Portugal.
Mas nunca, nunca mesmo, deixemos a resignação tomar conta dos nossos direitos mais básicos!
( Foto: Sul Informação)
( foto RTP)
Qualquer governo sabe que as oposições políticas são, quase sempre, pouco construtivas, inconsequentes e algo manipuladoras. Infelizmente, assim funcionam os partidos políticos, pouco preocupados com o essencial e muito interessados em conquistar o poder pelo poder. Se assim não fosse, Portugal poderia ser um país muito melhor para os seus cidadãos... mas isso fica para outro dia...
Chamuscado pela oposição e pelas chamas trágicas do passado verão e outono que ceifaram a vida a centenas de pessoas, o governo não foi de modas e avançou para o terreno. Porque o exemplo deve "vir de cima", com certeza - pena que quase nunca assim seja - e foi ajudar a limpar as matas.
Junto aos militares, o Primeiro Ministro e outros elementos do seu governo mostraram como se faz. E diz António Costa que não quer abrir uma caça a multas a quem não cumprir o que está regulamentado. Também concordo, mas não acredito que o faça. Basta ver como é feito o hipócrita controlo ao excesso de velocidade para perceber com que linhas se cose o governo. A importância de sacar dinheiro aos cidadãos é vício público e necessidade para manter um aparelho estatal pesadíssimo.
Mas voltemos às matas e à sua limpeza. Assim que Marcelo Rebelo de Sousa - também ele deu o corpo ao manifesto- consideu a limpeza das matas como "Causa Nacional", ouviram-se de imediato as vozes da oposição. E o que podem estes afirmar? Falam de paliativos, empurrar responsabilidades, propaganda, e outras palavras de circunstância partidária.
É certo, acho que todos nós concordamos, não é só a limpeza que evita o fogo nas matas; mas retirar matéria combustível é forma de evitar incêndios de maiores dimensões e consequências. Fundamental que haja limpezas, que o governo ajude e o Exército - passa os dias nos quartéis a fazer absolutamente nada- dê uma ajuda, nem que seja colaborar pontualmente e fornecer os utensílios indespensáveis a quem não os têm ou pode sequer comprar.
No meu entendimento, vamos continuar a ter fogos florestais, apesar de tudo. Porque o outro factor, o mais nocivo, continua a existir - a entrega do combate e da prevenção a empresas privadas. No tempo do "Deus Dinheiro", é fatal. Como bem diz o Presidente da República - Causa Nacional - deveria ser tomado em conta que, quer a prevenção quer o combate, deveriam ser efectuados por organismos públicos, cujo principal interesse fosse a defesa da Terra, da Vida, dos Cidadãos e dos seus bens. Claro que entre os privados não me refiro a operacionais dos Bombeiros Voluntários, por quem tenho a maior estima.
Com empresas privadas e dinheiro metido na engrenagem, não há quem nos salve. Só o lucro importa. Limpamos nós o combustível, mas eles, se necessário for para os fins em vista, criam outros. E continuam a ganhar muito dinheiro com a tragédia das pessoas e do planeta. Como as guerras! E os incêndios florestais não deixam de ser uma espécie de guerra. Lamentavelmente.
O nosso destino fica traçado quando nos dão um nome, dizem alguns místicos. Sendo assim e assumindo tal facto, consideremos o mesmo em relação aos blogs. Por que não?
PARCIALIDADES é, assim, um meio em que as opiniões, todas as opiniões, serão bem vindas. Contra, a favor, assim-assim. Sempre com elevação, obviamente. Numa sociedade em que - hipocrisia, servililismo, politicamente correcto, oportunismo, falta de democracia, tentativas várias de cercear a liberdade de expressão - são os reis e rainhas do dia-a-dia, urge quebrar alguns tabus. Falar, desabafar, contestar, concordar.
É lamentável que em 2018, muitas vezes tenhamos medo de dizer de que lado estamos, o que pensamos, o que queremos e do que gostamos; ou seja, as nossas PARCIALIDADES. É necessário mudar hábitos, esmagar medos, porque a imparcialidade é mito. Como tal, cada um de nós tem a sua verdade. E aqueles que não têm a nobre tarefa de julgar, devem lançar sem receios as suas PARCIALIDADES.
É o que vou fazer por aqui. E convido os que me lerem, a fazerem o mesmo. Discordem comigo à vossa vontade. Façam uso das vossas PARCIALIDADES sem parcimónia. Não vou esconder nada.
Porque todos somos parciais...
( Foto: Novelty Fiscal)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.